O ponto alto da maioria dos jogadores universitários é ser escolhido no recrutamento de jogadores amadores (tanto college e estrangeiros), popularmente chamado de Draft. Poucos sabem que é por causa de um atleta de Minnesota essa tradição, a qual é a maior atração da Offseason para os fãs e a renovação das esperanças para as franquias, teve inicio.

Stan Kostka, Running Back da Universidade de Minnesota – Golden Gophers, carregou o time universitário para o titulo da conferencia Big Ten e o nacional da temporada de 1934, com uma temporada invicta. Todas as equipes da NFL tentaram contratar o atleta, em um ato de esperteza ele fez dessas ofertas um leilão e quem oferecesse o maior salário contaria com os serviços dele, a equipe vencedora foi a do Brooklyn Dodgers (equipe já extinta). Para se ter ideia do absurdo que foi esse ato, os jogadores recebiam em média 50 dólares por jogo, já Kostka recebia 5,000 verdinhas, algo precisava ser feito para regular essa disparidade.

A equipe dos Eagles que estavam de mal a pior na temporada de 1934, percebendo que ia ser impossível competir com as potências da época, sugeriu um sistema de escolhas tendo como base a campanha da temporada anterior para equilibrar a liga tanto em qualidade quanto financeiramente, pois atletas estrelados do College sempre trazem um marketing positivo e pelo fato de não ter mais leilões de jogadores. No sistema que é seguido até hoje, o time de pior campanha era o primeiro a escolher e o campeão o último a fazer sua escolha. A proposta foi aprovada de maneira unânime, mas seria aplicada somente em 1936.

O primeiro Draft (1936)

Aconteceu no Ritz-Carlton Hotel, Philadelphia, como não existia nem o mais básico sistema de olheiros, e os times contratavam com base nos desempenhos dos jogos e campeonatos, foram colocados 90 nomes de atletas universitários em um quadro e as equipes iam escolhendo, da pior para a de melhor campanha da temporada subsequente. O Eagles tiveram o privilégio de fazer a primeira escolha de Draft da história da NFL, e escolheram o vencedor do Heisman de 1935, Jay Berwanger, Running Back da Universidade de Chicago. Apesar de ser escolhido, Berwanger nunca se quer jogou na NFL. Devido ao fato de não ter chegado a um acordo com o Eagles foi trocado para o Bears, que também não tiveram êxito na negociação, o jogador decidiu então seguir carreira em uma fábrica de borracha em Chicago.

Jay Berwanger , a primeira escolha da história do Draft da NFL.

O primeiro Draft do Minnesota Vikings (1961)

Nossa amada equipe, recém criada à época, teve a dura missão de construir um time do zero, com o privilégio de ter a primeira escolha do Draft.

A primeira escolha da equipe da terra dos mil lagos foi o Running Back Tommy Mason, da Universidade de Tulane (mesma de Cairo Santos). Ele foi Pro-Bowler enquanto esteve em Minneapolis, mas a joia da coroa neste Draft foi a escolha do nosso maior Quarterback, Fran Tarkenton, vindo da Universidade da Georgia.

Quando literalmente se tinha um Draft Board.

Draft Atual

Bem de um simples recrutamento, o Draft se tornou um complexo sistema de seleção de atletas que são estudados, testados e observados fisicamente, psicologicamente e taticamente. O evento se tornou televisionado em vários países e aberto ao público, onde a briga por ingressos começa desde o final do recrutamento anterior e se espalha por todo Estados Unidos com as Draft Parties nas 32 franquias da liga, que movimenta milhões e milhões em apenas 3 dias de evento.

Com o tempo regras novas foram adicionadas, como as escolhas compensatórias, por exemplo, onde os times que mais se prejudicaram na Free Agency recebem escolhas a mais para solidificar o elenco. Outras mudanças que se desenvolveram ao longo da história do evento são: a alocação de dinheiro da liga para colaborar com os salários dos calouros , trocas de escolhas dos próximos anos e também penalidades que resultam em perca de escolhas.

Quem os Vikings escolherão no próximo Draft?