Randy Moss

Uma mão, sem dificuldades

Nome: Randy Gene Moss

Nascimento: 13/02/1977 – Charleston, West Virginia

Altura: 1,93m

Posição: Wide Receiver

Seleção no Draft: 21ª escolha da primeira rodada de 1998

Times em que jogou:

Minnesota Vikings (1998 – 2004)

Oakland Raiders (2005 – 2006)

New England Patriots (2007 – 2010)

Tennesse Titans (2010)

San Francisco 49ers (2012)

Premiações:

6x Pro Bowl seguidos (1998 – 2000, 2002, 2003, 2007)

4x First Team All-Pro (1998, 2000, 2003, 2007)

NFL Calouro Ofensivo do ano (1998)

MVP do Pro Bowl (1999)

5x Líder em Touchdowns recebidos (1998, 2000, 2003, 2007, 2009)

NFL Comeback Player (algo como dar a volta por cima) do ano (2007)

Anel de Honra do Minnesota Vikings

NFL time da década de 2000

Recordista de Touchdowns em uma temporada de calouro (17)

Recordista de Touchdowns em uma temporada (23)

História:

Randy nasceu em Charleston, capital do estado de West Virginia, e logo se mudou para Rand, uma pequena cidade oito milhas ao sul do estado. Desde sempre mostrou uma vocação para os esportes, se destacando em tudo que praticava: basquete, atletismo, baseball e, especialmente, football.

Como jogador no colegial, Moss levou o Panthers de Dupont HS a vencer o campeonato estadual de 1992 e 1993, não só como recebedor estrela do time, mas como safety, retornador, punter e kicker.

Para podermos ter um parâmetro de comparação do potencial atlético de Randy, em 1992, com apenas 15 anos, ele correu 100m rasos no tempo de 10.94 s; o recorde mundial, de Usain Bolt, é de 9.58 no ápice da sua forma.

Ser tão atlético e com uma performance colegial tão incrível fez com que olheiros de todas as universidades dos EUA quisessem recrutá-lo para o futebol universitário de seus respectivos programas.  O sonho de Moss era jogar pelo Fighting Irish de Notre Dame, no estado de Michigan – ele chegou até a escrever uma carta de compromisso para a universidade, contudo, em seu último ano na escola, ele se meteu em uma briga após um amigo seu ser atacado verbalmente por ser negro. Essa briga o fez ser condenado, preso – ainda que por pouco tempo –, expulso de DuPont HS e desconsiderado por Notre Dame.

Moss acabou indo para Florida State University, pois o técnico de football da universidade era Bobby Bowden, famoso por saber motivar e lidar bem com jogadores ditos “problemáticos”. Isso não foi o suficiente, visto que Moss foi testado para drogas e o exame acusou positivo para uso de cannabis. Essa violação fez com que a FSU o tirasse do programa e ele acabasse em Marshall, uma universidade menor – como da “série B” da disputa de football universitário –, o que veio a apagá-lo um pouco dos grandes holofotes do football e dos olheiros do draft.

Randy era tão bom em se livrar e subjugar seus marcadores que seu nome virou um verbo:
To Moss

Sua carreira em Marshall foi memorável: melhorou todos ao seu redor e o colocou em uma final do Troféu Heisman (1997), junto com nomes como: Charles Woodson – que venceu –, Peyton Manning e Ryan Leaf. Desses citados, Woodson já é parte do Hall da Fama, e Manning, sem a menor dúvida, entrará em 2021, seu primeiro ano elegível.

Vinte jogadores foram escolhidos antes que Randy tivesse seu nome chamado no palco do draft, entre eles escolhas dos Cowboys, time de infância de Moss, pelo qual ele queria muito jogar, e que precisava realmente de um WR. Moss ficou muito chateado por ser preterido pelo time, e jurou que aqueles que haviam passado em sua frente no draft iriam sofrer ao ver o jogador que ele realmente era e a pessoa que ele realmente é.

Em sua primeira temporada, Moss já quebrou recordes com o Vikings e participou ativamente da construção do melhor ataque da história até então. Colecionou jogadas plásticas e touchdowns. Foram dezessete recepções para TD, número que até hoje é recorde para um ano de calouro, sendo três desses touchdowns em Dallas, contra os Cowboys, onde Moss teve apenas 3 recepções. Esse primeiro ano bombástico na liga terminou com a pesarosa derrota na final de conferência para Atlanta, em um chute para a esquerda de Gary Anderson.

Moss se preparando para comer uma perna de peru no jogo de Ação de Graças, honra dada ao melhor na partida

Moss nunca deixou de causar impacto na liga, e também nunca deixou de ser polêmico: na temporada de 99, foi multado em U$25000,00 por jogar água na cara de um árbitro; em 2002, tentou fazer uma conversão ilegal e acidentalmente esbarrou com o veículo em um guarda que tentou impedi-lo – o que lhe rendeu uma noite na prisão –, além de terem encontrado uma pequena quantidade de maconha em seu carro;  em 2005, jogando contra o Green Bay Packers, Moss fingiu abaixar as calças e mostrar a bunda para a torcida, movimento que ficou conhecido como “moon over Lambeau Field”, ato definido pelo narrador Joe Buck como “repugnante”; além de algumas denúncias de uso de drogas e abuso doméstico.

Moss deixou os Vikings em 2004 e passou dois anos apagados em Oakland; foi posteriormente para Boston, onde jogou pelo New England Patriots. Moss teve a chama de sua carreira reacesa, e mais uma vez, no ano de 2007, fez parte do ataque mais prolífico da NFL, batendo o recorde de maior número de TDs em uma temporada, com 23.

Sua carreira foi recheada de recordes e muito produtiva; ainda que tenha havido problemas extracampo, Moss parece ter conseguido se redimir, e, após sua aposentadoria, virou comentarista da NFL e já passou por canais como Fox Sports e ESPN.

Moss com sua merecida jaqueta dourada.

Até hoje Moss é reverenciado como um dos maiores de sua posição; Richard Sherman, discutivelmente um dos melhores CB’s dessa geração, disse que marcá-lo é um sonho, que seria um desafio e que ele adoraria poder jogar contra Moss em seu ápice. Em 2018, Randy entrou para o Hall da Fama do Football, ganhou sua jaqueta dourada e deu um discurso emocionante onde declarou seu amor ao futebol “Eu amo muito o jogo… durante aquelas quatro horas no domingo, você pode ser livre e deixar tudo fluir”.