Defesa sólida é trunfo da equipe, que garantiu folga na primeira rodada da fase final da NFL

Com a lesão de Sam Bradford no início desta temporada, nem mesmo o mais otimista dentre os torcedores do Vikings, imaginaria que o reserva Case Keenum pudesse repetir o feito do lendário – e por muito tempo rival – Brett Favre. Pela primeira vez, desde 2009, o Vikings chega aos playoffs como candidato ao Super Bowl. O cenário e a caminhada da equipe deste ano, no entanto, guarda poucas semelhanças com 2009.
No passado, o maior campeão da NFC North chegou à temporada regular como uma aposta interessante. Além de um dos maiores jogadores da história do esporte, o time contava com um dos melhores running backs da liga na última década, em pleno auge. Adrien Peterson e Brett Favre formaram um ataque com números notáveis: 4.156 jardas aéreas e 1.918 terrestres com 53 touchdowns.
Em 2017, os prognósticos eram outros. Após a lesão do promissor Teddy Brigdewater, no ano anterior, o Vikings foi buscar Sam Bradford, no Philadelphia Eagles – sacrificando sua opção de primeira rodada no draft do ano seguinte. Bradford nunca foi uma unanimidade na NFL. Tido como inconstante, o quarterback levou a equipe roxa a um início avassalador, com 5 vitórias em 5 jogos. Após o bye, o desempenho da equipe, de forma inexplicável, foi outro. Ao fim, uma campanha amarga e entediante com 8 vitórias e 8 derrotas.
O Vikings chegou a temporada regular de 2017, portanto, com desconfiança, sendo apontado com um time que dificilmente brigaria nem mesmo por um wild card. Para piorar, Bradford também foi vítima de lesão grave. O desempenho dele, aliás, no primeiro tempo do Monday Night Football, contra os Bears, parecia dar a certeza a todos os torcedores que a temporada seria novamente sofrida, longa e amarga. Sem opções, o time de Minnesota decidiu apostar em seu terceiro reserva. Case Keenum, que precisou superar a absoluta desconfiança de todos e aos poucos se demonstrou um QB versátil, com excelente jogo sob pressão e capaz de correr e salvar o time do sufoco contra boas defesas.
Keenum comandou o ataque da equipe, do competente coach Mike Zimmer, junto com os talentosos Steffon Diggs e Adam Thielen, para 13 vitórias e 3 derrotas. Mas o ponto forte do time de Minnesota parece ser mesmo a defesa – uma das poucas semelhanças com o time de 2009. Na última vez que o time disputou uma final de conferência, os destaques eram nomes como Jared Allen, Ray Edwards e Pat Willians. Neste ano, a coisa parece ainda melhor: Harisson Smith, Linval Joseph, Everson Griffen, Xavier Rhodes e Anthony Barr.
Com um time equilibrado, o Vikings chega para os playoffs de forma promissora. Espera-se apenas que nenhum jogo seja decidido por algum kicker.