Com um final de temporada trágico na Pensilvânia, o Vikings volta pra casa após uma apresentação abismal dos dois lados da bola, fazendo do dia de hoje uma das derrotas mais difíceis de aceitar. 

Eu realmente estou triste em escrever esse pós-jogo, desde que eu comecei a escrever para o Skol Vikings Brasil tem sempre sido um orgulho e um prazer escrever, mesmo após as derrotas. Me fez sempre muito bem e muito feliz escrever como um fã para fãs, tentar entender o que aconteceu na partida e como ela se desenrolou e criar um espaço de debate sobre o jogo. Hoje, porém, não há nenhuma forma de prazer ou felicidade em escrever sobre o jogo de ontem. Acredito inclusive que muitos não lerão esse texto e eu entendo o motivo. 

Apesar da dor em falar sobre o jogo de ontem ainda mantenho o compromisso de escrever pois, mesmo na dor, mantenho-me fã desse time e apaixonado de forma incondicional pelo esporte, sendo assim seria uma traição com algo que tanto amo não escrever na hora mais difícil. 

Foi quase um ato de autoflagelo assistir novamente a partida de ontem, para que pudesse escrever esse pós-jogo. Não poderia escrever sem assistir novamente pois a partir do fim do terceiro quarto de ontem eu me sentei atônito em frente à televisão, só sendo capaz de olhar para a parede ao redor da tela e não o conteúdo dentro dela. 

O jogo ontem começou de forma animadora, fomos capazes de pontuar logo no primeiro drive, fora de casa com um lindo passe de Keenum para Rudolph, essa pontuação, no primeiro quarto, foi nossa única na partida. Chegaríamos a redzone posteriormente mais algumas vezes e em todas sairíamos de mãos vazias.  

O Eagles, em contrapartida, foi muito hábil em pontuar, nossa defesa parecia não existir para Foles e companhia, conseguindo acumular o total de 38 pontos contra nossa defesa, o maior número durante a temporada toda.  

Nossa defesa surpreendeu em outro ponto, durante a temporada acumulamos ótimas performances contra terceiras descidas, alcançando a marca histórica de melhor defesa parando a terceira descida na história da NFL desde que as estatísticas começaram a ser contabilizadas. Ontem, em compensação, foram 14 tentativas sendo que 10 foram bem-sucedidas, 71%, a marca mais alta em toda a temporada.  

Perdemos em todos os aspectos, tivemos menos posse de bola, sofremos duas interceptações (que não foram culpa somente do Keenum, bom lembrar), um fumble forçado e recuperado, menos jardas totais, deixamos mais de 100 jardas corridas para os RBs de Philadelphia, não seguramos o jogo aéreo (Z. Ertz teve 8 recepções em 8 passes lançados acumulando 93 jardas, Alshon Jeffrey teve 5 recepções em 5 passes lançados acumulando 85 jardas) e nem nossos times especiais jogaram bem. 

A partida foi ganha pelo Eagles quando restavam ainda 6:31 do terceiro quarto, onde Minnesota perdia por 31 a 7 e tinha a chance para fazer um TD, era quarta para gol, a bola foi lançada por Keenum para Thielen que, em um primeiro momento, parecia ter agarrado a bola em disputa com o cornerback e feito o TD, que havia sido confirmado pelos juízes, porém, como toda jogada de pontuação é revista, as câmeras mostraram que a bola havia batido no chão antes da recepção, o TD foi anulado e, a única chance na partida de retomar o jogo, foi perdida. Desse ponto até o fim da partida o time só ficou mais apático e abatido.  

Foi um jogo muito inspirado para o time de alviverde, um dia muito ruim para o time de roxo e dourado.  

Nos resta somente pensar na próxima temporada.