Artigo traduzido

Por um momento, Cayleb Jones pensou que ele arruinou o melhor momento da história do Minnesota Vikings.

Quando o recebedor Stefon Diggs correu pela sideline, na ultima jogada da milagrosa vitória do Vikings sobre o New Orleans Saints, Jones, um WR do pratice squad, estava correndo também pela linha lateral. Quando Diggs entrou na endzone, Jones correu para o campo para comemorar.

Então passou pela sua cabeça: será que eu cometi uma falta?

“Eu lembro de olhar para trás e ficar: ‘Oh, vou levar uma flag? Eu estraguei tudo?’”, Jones confessou na segunda-feira. “Então ele (Diggs) jogou seu capacete e eu fiquei: Ok, nós ganhamos, o jogo acabou”.

Jones agarrou Diggs e o levantou para multidão como Simba em O Rei Leão, e então toda a equipe chegou pulando em cima de Diggs e caindo por dentro do túnel.

“Eu estava tirando as pessoas de cima dele”, disse Jones. “Estive em um jogo que teve Hail Mary, e é assustador para quem fica de baixo da pilha, por que ninguém pode ouvir e não tem como respirar. Então, depois de cinco segundos, fiquei tipo, “nós temos que sair de cima dele”.

No processo, Jones perdeu o chapéu do colega Jarius Wright.

“Wright ainda está chateado com isso”, ele brincou.

Jones só está no time hoje, graças ao desempenho clutch no dia 1º de setembro.

A competição de recebedores do Vikings para o roster  e o pratice squad foi apertada no camping. Jones estava competindo com Isaac Fruechte, um ex-Gopher que havia estado ativo para a Semana 17 em 2016 e dois vindo do draft: Stacy Coley e Rodney Adams. No último jogo da pré-temporada, pareceu que quem desse um passo a frente, acabaria com uma jersey e um capacete no dia seguinte.

Com o ex-Gopher QB Mitch Leidner liderando o time, Jones pegou nove passes para 128 jardas contra os 49ers. Muitas de seus catchs estavam fora do alvo, mas o widereceiver de 1,9m usou sua envergadura e mãos fortes para aparecer e impressionar o staff do Vikings.

“Faça ou morra, estilo de vida, para minha família e para todos no Texas, quando passam por desafios”, disse Jones depois da sua grande performance na pré-temporada. “Eu sei o quão importante é ter a oportunidade de ter a chance de fazer algo que você quer fazer”.

Há alguma coincidência com sua história: Jones foi cortado em 2016 pelas Philadelphia Eagles, que inclusive, o Vikings agora jogará nesse domingo pelo título da NFC. Ele passou a temporada de 2016, se perguntando, se ele teria a oportunidade de mostrar a uma equipe da NFL, que ele puderia jogar.

“Eu sei o que é estar em casa durante a temporada de futebol, e sei o que é não capitalizar quando a oportunidade aparece”, disse ele.

Saindo do ensino médio, Jones ficou em 21º lugar no ESPNU’s top 150 prospects. Ele se comprometeu com o Texas, onde ele pegou apenas 2 passes como calouro. Jones encontrou alguns problemas, ele foi acusado de agressão  por bater e quebrar o maxilar de um tenista do Texas. Essas acusações foram eventualmente rejeitadas e reduzidas a um delito menor.

No Arizona, ele destruiu as defesas, ganhando mais de 1.900 jardas e 14 touchdowns em duas temporadas, entretanto, com um péssimo tempo de 40 jardas e a capacidade de correr rotas “desleixada”, manteve as equipes afastadas.

“Sinto que cresci como homem, amadureci tremendamente”, disse Jones. “Eu entendo a importância de entrar e trabalhar e mesmo quando você não recebe elogios, ou o que quer que você esteja procurando, continue trabalhando”.

Os Vikings tendem a encontrar wide receivers fora do radar. Diggs foi escolhido na quinta rodada, Adam Thielen não foi draftado, é possível que Jones seja o próximo.

“Eu aprendo com todos os caras, de Rodney [Adams] para Mike [Floyd], do mais novo para os mais velhos, Diggs, Thielen, somos um grupo tão unido”, disse Jones. “Foi um ano tão legal para aprender com esses caras”.

Após Jones terminar a entrevista, ele puxou Diggs, que disse: “Esse é o meu irmão, de verdade”.